Blog do Espaço Design, escritório de arquitetura e gestão cultural. Canal de comunicação e divulgação de trabalhos e demais referências na prática cotidiana da arquitetura e urbanismo.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
domingo, 21 de dezembro de 2014
Vale do Aço ANTES E DEPOIS, de Mário de Carvalho Neto e Elvira Nascimento.
foto disponível em: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=743944399019793&set=a.111846215562951.20251.100002127187508&type=1&theater
Impossível seria passar
despercebido. O fenômeno cidade, que já nos acompanha enquanto objeto de estudo e
de atuação profissional, concentra paradigmas percebidos não somente por nós arquitetos, urbanistas,
engenheiros, geógrafos, historiadores e demais profissionais que
atuam sobre a problemática urbana: sua imagem na paisagem.
Recentemente lançado, o
documentário fotográfico “Vale do Aço antes e depois”, de Mário de Carvalho
Neto e Elvira Nascimento, presencia a
trajetória histórica e evolução urbanística da Região Metropolitana do Vale do
Aço, pelas cidades de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Timóteo e
Santana do Paraíso, em seu
principal loccus enquanto manifestação
humana: a paisagem.
Considera-se paisagem a
imagem resultante da síntese de todos os elementos presentes em determinado
local. Outra definição, tradicional, de paisagem é a de um espaço
territorial abrangido pelo olhar. Pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que
a vista abarca. É formada não apenas por volumes, mas também por cores,
movimento, odores, sons etc. [1]
As paisagens culturais –
também chamadas de paisagens antrópicas – são as expressões das atividades
humanas. Elas constroem-se a partir da utilização e transformação dos elementos
da natureza pelas atividades realizadas pelo homem. Portanto, todas as
edificações artificialmente construídas, bem como as intervenções não naturais
sobre o espaço constituem paisagens culturais, como o espaço de uma cidade ou
um campo de produção agrícola.[2] A Paisagem
Cultural Brasileira é uma porção peculiar do território nacional,
representativa do processo de interação do homem com o meio natural, à qual a
vida e a ciência humana imprimiram marcas ou atribuíram valores.[3]
0 conceito de paisagem cultural, embora existente há
muito tempo no campo da geografia passou a ser examinado com mais atenção no
campo patrimonial nas últimas décadas do século XX, exatamente pelo seu
potencial de associar meio-ambiente e cultura, além de incorporar com mais
acuidade as discussões sobre a dinâmica de transformações causadas pelo homem
aos seus próprios assentamentos . O exame deste conceito e suas formas de
aplicação á realidade, desdobram estudos em colóquios e seminários vêm sendo
empreendidos no Brasil há mais de 3 anos, demonstrando o compromisso das
instituições de preservação com a vanguarda dos instrumentos de proteção ao
patrimônio, entre eles, o Seminário Paisagem Cultural como Patrimônio,
realizado em 27 de outubro de 2014, Iepha, Minas Gerais e o 2º Colóquio
Ibero Americano Paisagem Cultural: desafios e perspectivas, realizado em Belo
Horizonte, de 19 a 21 de novembro de 2014.
O
fato é que a ideia de “paisagem cultural” tem aberto novas possibilidades para
a área do patrimônio, combinando aspectos materiais e imateriais do conceito,
muitas vezes pensados separadamente, indicando as interações significativas
entre o homem e o meio ambiente natural. Com isso, recoloca-se o próprio campo
do patrimônio cultural, abrindo-se uma perspectiva contemporânea para, ao lado
das novas contribuições se pensar também de forma mais integrada diversas
ideias tradicionais do campo da preservação.[4]
Destaca- se
portanto, a contribuição da publicação, em especial para a exposição de uma dimensão da idéia da
paisagem cultural, por sua natureza conceitual. A publicação é,
indubitavelmente, uma investigação sobre a idéia de paisagem cultural, novo
marco teórico que articula de forma inextricável os aspectos materiais e
imateriais do conceito de patrimônio, muitas vezes pensados separadamente,
indicando as interações significativas entre o homem e o meio-ambiente natural.
As instituições
de controle e de gestão urbanas, órgãos públicos ligados ao tema, demonstram,
pelas imagens publicadas no livro, deficiências na gestão das cidades e a
carência de subsídios, levantamentos técnicos e pesquisas voltadas para abordagens
desta natureza, que possam melhorar suas atuações
no sentido da promoção da qualidade
do espaço urbano.
O documentário fotográfico, maneira criativa, destaca implicações a serem consideradas para as
políticas de valorização e intervenção no meio ambiente urbano, tais quais: planejamento
coadunado com a trajetória histórica da ocupação territorial no Vale do Aço; políticas de patrimônio cultural como condicionantes nas etapas de elaboração
de planos e projetos urbanos de uso e
ocupação do solo; o uso da imagem da cidade como instrumento de planejamento que reflete a verdadeira problemática urbana, um verdadeiro reflexo que permite, sem omissões, a
leitura da cidade; captação de recursos para manutenção e desenvolvimento das
identidades formadoras do traço cultural do vale do aço enquanto região
metropolitana, entre outros possíveis apontamentos a serem levantados,
partindo- se apenas desta obra como referência.
Concluindo, este
seria um caminho a ser percorrido no sentido do estabelecimento das condições
de cidades competentes, criativas, sustentáveis e dignas, que é o que nós, cidadãos,
esperamos para viver.
[1] Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Paisagem.
Acesso em19/12/2014.
[2]Disponível em::http://www.brasilescola.com/geografia/paisagem-cultural-paisagem-natural.htm
Acesso
em 19/12/2014.
[4] Disponível
em: : http://saojoaodelreitransparente.com.br/events/view/2700.
Acesso em: 19/12/2014.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Projete seus sonhos!
A consulta é a etapa fundamental para o entendimento do perfil, desejos, necessidades, vontades, sonhos e personalidade dos usuários do espaço a ser projetado.
Ao contratar os serviços de arquiteto, mostre as suas preferências, sensações, expectativas, seus gostos, recursos e além de tudo isto, explicite como quer utilizar o lugar.
Nosso trabalho consiste na adequação de todos estes fatores em uma solução arquitetônica economicamente viável, qualificada esteticamente e com conforto desejável, incluindo os componentes práticos sobre a utilização do ambiente, entre outros sentidos.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Contrate certo: arquitetos, urbanistas e suas atribuições.
A convite da revista o Empresário escrevemos artigo sobre as atribuições do arquiteto urbanista. Esperamos contribuir para a consolidação da profissão de arquiteto no Vale do Aço e em todo Leste de Minas.
NÓS, OS ARQUITETOS
NÓS, OS ARQUITETOS
Joana Angélica O.G e Júlio Henrique O.G
Não
só na Região Metropolitana do Vale do Aço e leste de Minas Gerais, mas em todo
o Brasil podemos observar a crescente inserção do arquiteto urbanista no
mercado da construção civil, seja pelo maior número de profissionais atuantes,
seja pelo processo de des- elitização da profissão.
A
tônica historicamente pautada pelo IAB- Instituto de Arquitetos do Brasil,
passando pela atual campanha do Conselho de Arquitetura- CAU de que “Arquitetura é para todos: Planejar e
construir com arquiteto urbanista significa: menor custo, maios benefício,
eficiência e funcionalidade de com harmonia” [i],
vêm aproximando- se á realidade das cidades e ainda há um grande campo de
trabalho para os legítimos “mentores” das benfeitorias e gentilezas urbanas: nós, os arquitetos.
Neste
contexto, o seu reconhecimento como profissional fundamental em uma construção beneficia-
se pelas recentes conquistas desta classe enquanto á individualização da
arquitetura e urbanismo na exclusividade de suas atribuições, objeto pelo qual
dedicamos este artigo. Muito se especula, porém, na realidade, pouco de fato se conhece
sobre a formação e sobre a variedade das atribuições profissionais exclusivas dos
arquitetos,” os quais há décadas vêm
assistindo várias das atividades técnicas que historicamente foram reconhecidas
como de sua alçada – projeto arquitetônico, urbanístico e paisagístico, e
aquelas do âmbito do patrimônio histórico – sendo indevidamente exercidas por
outros profissionais que não têm a necessária formação acadêmica que os
credencie para tal. ”[ii]
Visando
contribuir para a consolidação da prática profissional dentro dos requisitos
legais, sob a luz da Resolução CAU/BR no 51[iii]
de 12 de julho de 2013, apresento, pois, os campos de atuação privativos dos
arquitetos e urbanistas, atentando para a importância, quando da contratação,
da verificação do registro que habilita o prestador de serviços, sob o risco de
prejuízos “nas quais a ausência ou
insuficiência de formação profissional venha a expor o usuário do serviço
prestado a qualquer tipo de dano ou de risco à sua segurança ou saúde ou ao
meio ambiente.[iv]
Portanto,
em conformidade com o que dispõe o art. 3° da Lei n° 12.378, de 2010, ficam
especificadas como privativas dos arquitetos e urbanistas as seguintes áreas de
atuação:
DA
ARQUITETURA E URBANISMO: projeto arquitetônico de edificação ou de reforma
de edificação; projeto arquitetônico de monumento; coordenação e
compatibilização de projeto arquitetônico com projetos; relatório técnico de
arquitetura referente à memorial descritivo, caderno de especificações e de
encargos e avaliação pós-ocupação; desempenho de cargo ou função técnica
concernente à elaboração ou análise de projeto arquitetônico; ensino de teoria,
história e projeto de arquitetura em cursos de graduação; coordenação de curso de
graduação em Arquitetura e Urbanismo; projeto urbanístico; projeto urbanístico
para fins de regularização fundiária; projeto de parcelamento do solo mediante
loteamento; projeto de sistema viário urbano; coordenação e compatibilização de
projeto de urbanismo com projetos complementares; relatório técnico urbanístico
referente à memorial descritivo e caderno de especificações e de encargos;
desempenho de cargo ou função técnica concernente à elaboração ou análise de
projeto urbanístico; ensino de teoria, história e projeto de urbanismo em
cursos de graduação;
DA ARQUITETURA DE INTERIORES: projeto de arquitetura de
interiores; coordenação e compatibilização de projeto de arquitetura de
interiores com projetos complementares; relatório técnico de arquitetura de
interiores referente à memorial descritivo, caderno de especificações e de
encargos e avaliação pós-ocupação; desempenho de cargo ou função técnica
concernente à elaboração ou análise de projeto de arquitetura de interiores;
ensino de projeto de arquitetura de interiores;
DA
ARQUITETURA PAISAGÍSTICA: projeto de arquitetura paisagística; projeto de
recuperação paisagística; coordenação e compatibilização de projeto de
arquitetura paisagística ou de recuperação paisagística com projetos
complementares; cadastro do como construído (as built) de obra ou serviço
técnico resultante de projeto de arquitetura paisagística; desempenho de cargo
ou função técnica concernente a elaboração ou análise de projeto de arquitetura
paisagística; ensino de teoria e de projeto de arquitetura paisagística;
DO
PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL E ARTÍSTICO: projeto e execução de
intervenção no patrimônio histórico cultural e artístico, arquitetônico,
urbanístico, paisagístico, monumentos, práticas de projeto e soluções
tecnológicas para reutilização, reabilitação, reconstrução, preservação,
conservação, restauro e valorização de edificações, conjuntos e cidades;
coordenação da compatibilização de projeto de preservação do patrimônio
histórico cultural e artístico com projetos complementares; direção, condução,
gerenciamento, supervisão e fiscalização de obra ou serviço técnico referente à
preservação do patrimônio histórico cultural e artístico; inventário, vistoria,
perícia, avaliação, monitoramento, laudo e parecer técnico, auditoria e
arbitragem em obra ou serviço técnico referente à preservação do patrimônio
histórico cultural e artístico; desempenho de cargo ou função técnica referente
à preservação do patrimônio histórico cultural e artístico; ensino de teoria,
técnica e projeto de preservação do patrimônio histórico cultural e artístico;
complementares;
DO PLANEJAMENTO URBANO E
REGIONAL:
coordenação de equipe multidisciplinar de planejamento concernente a plano ou
traçado de cidade, plano diretor, plano de requalificação urbana, plano
setorial urbano, plano de intervenção local, plano de habitação de interesse
social, plano de regularização fundiária e de elaboração de estudo de impacto
de vizinhança;
DO CONFORTO AMBIENTAL: projeto de arquitetura da
iluminação do edifício e do espaço urbano; projeto de acessibilidade e
ergonomia da edificação; projeto de acessibilidade e ergonomia do espaço urbano.
Importante
ressaltar que o texto original desta resolução é disponibilizado gratuitamente
no sitio eletrônico http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2014/01/AF-NFolder-resolucao51-.pdf.
Diante da recente regulamentação
destas atribuições exclusivas, torna- se cada vez mais importante iniciativas
de disseminação de conteúdo técnico que respaldem os arquitetos em sua
prestação de serviços levando informação útil aos possíveis empreendedores que
demandarão de seus serviços profissionais. Esta ação, coordenada com a
crescente inserção do arquiteto no mercado de trabalho também contribuirá para
a melhoria das cidades, indiscutivelmente.
Joana Angélica
Oliveira Gonçalves e Júlio Henrique Oliveira Gonçalves
Espaço
Design Arquitetura
http://www.arquiteturaog.blogspot.com.br/
Rua Maria Matos 290
sl. 101 Centro Coronel Fabriciano MG
31-38411093
/arquiteturaog@gmail.com
[ii]
CAU/BR Resolução 51- Atribuições
privativas de arquitetos e urbanistas; p.03. Disponível em: http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2014/01/AF-NFolder-resolucao51-.pdf
Acesso em 10/03/2014.
[iii]
Resolução 51- Atribuições privativas
de arquitetos e urbanistas.
[iv]
Lei nº 12.378, de 2010 parágrafo 2º
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
PROGRAMA DE ESTÁGIO ESPAÇO DESIGN 2015
Está aberto o período para recebimento de currículos para as vagas de estágio no escritório, localizado na Rua Maria Matos, n.290 sala 101 no Centro de Coronel Fabriciano.
Pré- requisitos: habilidades em autocad, pacote office, sketch-up, photoshop.
Início do estágio: 12/01/2015.
Pré- requisitos: habilidades em autocad, pacote office, sketch-up, photoshop.
Estudantes matriculados a
partir do sexto período.
Arquitetura e urbanismo: 2
vagas. Técnico em edificações: 1
vaga.
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